Tráfico de pessoas para exploração laboral

Diretoria do Norte” 27 de setembro de 2016

Tráfico de pessoas para exploração laboral

Foi detido um cidadão estrangeiro suspeito de crimes de tráfico de pessoas” sequestro e escravidão no Norte do País

A Polícia Judiciária” através da Diretoria do Norte” desenvolveu uma investigação no âmbito da qual foi identificado um grupo criminoso com laços familiares de nacionalidade estrangeira” fortemente indiciado pela prática continuada de crimes de tráfico de pessoas para exploração laboral.

As vítimas” todas com dificuldades financeiras no país de origem onde exerciam atividades laborais indiferenciadas” eram aí recrutadas pelos suspeitos” para a prestação de serviços na área da agricultura na região de Trás-os-Montes” prometendo-lhes trabalho e condições dignas” incluindo remuneração” transporte de e para os locais de trabalho” alojamento e alimentação.

No entanto” em lugar das condições oferecidas pelos recrutadores” era-lhes retirado o passaporte quando chegavam a Portugal e forçadas a trabalhar contra a sua vontade” sob ameaça” violência física e psicológica” sendo coagidas a laborar numerosas horas diariamente (das 05H00 às 22H00)” sem folgas e sem salário.

Esta prática criminosa perdurou” pelo menos” de abril a junho do corrente ano” até que duas das vítimas conseguiram

fugir do local onde pernoitavam e denunciar a situação às autoridades policiais” tendo a Polícia Judiciária e a GNR de Mirandela” em articulação” procedido à libertação de mais sete pessoas que se encontravam nas mesmas circunstâncias no local e providenciado pelo retorno assistido das mesmas para o seu país.

No decurso das investigações veio a ser identificado o principal responsável por esta atividade criminosa” um cidadão estrangeiro de 29 anos de idade” com residência em Carrazeda de Ansiães” que entretanto tinha fugido para o seu país de origem.

Por solicitação desta Polícia” e em concertação de esforços com as autoridades policiais estrangeiras” foram cumpridos mandados de detenção europeus emitidos no âmbito do inquérito” sendo aquele suspeito detido no seu país de origem já no decurso do corrente mês.

Extraditado para o nosso país” foi o mesmo presente às autoridades judiciárias competentes junto do Tribunal de Vila Flor” onde foi interrogado” tendo ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva.

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