Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes” 30 de setembro de 2015
Polícia Judiciária desmantelou um laboratório de extração de cocaína dissimulada em bebidas alcoólicas
A Polícia Judiciária” através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes” após investigações que tiveram início no princípio do ano de 2015″ em colaboração com as autoridades Brasileiras” localizou e desmantelou um laboratório de extração de cloridrato de cocaína dissimulado em bebidas alcoólicas” tendo sido detidos quatro homens” dois de nacionalidade portuguesa e dois estrangeiros. O laboratório encontrava-se instalado numa moradia” localizada numa zona balnear perto de Lisboa” nela se processando a extração do cloridrato de cocaína que se encontrava dissolvido em garrafas de cachaça importadas do Brasil. O referido processo é de grande complexidade” exigindo” para além de meios técnicos adequados” especiais conhecimentos de química” tendo” pela primeira vez” sido apreendidos documentos com informação detalhada sobre o modo de efetuar tal extração. Nesta operação foram apreendidos cerca de 7″5 kg de cocaína já pronta a comercializar” bem como produtos de corte” percursores” todo o equipamento necessário ao processo químico de extração do cloridrato de cocaína e a sua preparação para venda no mercado ilícito de estupefacientes” e” ainda” uma viatura topo de gama. Não fora a intervenção da Polícia Judiciária” estima-se que poderiam sido extraídos cerca de 40 a 50 kg de cloridrato de cocaína de elevado grau de pureza” pronto a comercializar. Este foi o primeiro laboratório do género descoberto e desmantelado em Portugal e” na Europa” há apenas registo da descoberta de um laboratório de características idênticas” em 2012. A vertente da organização criminosa que operava no Brasil foi também desmantelada também uma operação desencadeada esta semana pela Polícia Federal brasileira” denominada Operação Cardume” no âmbito da qual foram cumpridos vinte e oito mandados de prisão” realizadas quarenta e sete buscas e apreendidos numerosos bens móveis e imóveis” bem como contas bancárias” algumas tituladas por cidadãos de nacionalidade portuguesa. Os quatro detidos pela Polícia Judiciária” com idades compreendidas entre os 32 e os 48 anos” foram presentes a primeiro interrogatório judicial” tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
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