Pela primeira vez na Europa, foi detetada, pelo Laboratório de Polícia Científica (LPC) da Polícia Judiciária, uma nova droga sintética, o N-desetil-isotonitazeno, numa apreensão de milhares de comprimidos falsos de oxicodona, cujo destino final não seria Portugal.
Para a sua identificação, o LPC contou com análises complementares, realizadas em colaboração com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e com o Instituto Superior Técnico.
Esta nova substância psicoativa pertence a uma classe química que surgiu recentemente na Europa, designada de nitazenos. O seu consumo evoca sentimentos de euforia seguidos de sonolência, provocando o bloqueio do sistema respiratório, sendo esta a causa principal da morte por overdose.
Desde 2019, o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência já sinalizou 16 compostos desta classe de nitazenos, maioritariamente no norte do continente europeu.