Operação “PHARMA”

Departamento de Investigação Criminal de Setúbal” 05 de maio de 2016


Polícia Judiciária conclui investigação por associação criminosa” falsificação de documentos” burla qualificada” fraude fiscal qualificada e branqueamento

Operação “PHARMA”

A Polícia Judiciária” através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal” concluiu uma investigação” com carácter transnacional” por suspeita da prática dos crimes de associação criminosa” falsificação de documentos” burla qualificada” fraude fiscal qualificada e branqueamento.

Na sequência da “Operação Pharma” ” realizada em dezembro de 2014″ no âmbito do inquérito cuja investigação agora findou” foram detidos dois homens” com 68 e 45 anos de idade” e constituídos oito arguidos” entre pessoas singulares e colectivas.

A investigação em apreço” com oito inquéritos incorporados e cerca de duzentos volumes e apensos” mais de uma centena de contas bancárias analisadas e outras tantas inquirições e interrogatórios” entre inúmeras diligências de investigação e exames periciais” foi concluída e remetida ao DIAP – Lisboa.

No período em investigação” 2009 a 2014″ os arguidos” com formação superior e experiência na banca” através de um sofisticado e bem organizado plano” candidataram-se fraudulentamente a financiamentos no valor de cento e trinta milhões de euros” logrando obter dez milhões de euros” com que se locupletaram” em prejuízo de algumas das instituições de crédito contactadas.

Dissimulados sob uma aparente atividade empresarial farmacêutica” celebraram contratos de mútuo e de factoring” garantidos ou suportados em documentação de natureza contabilística e financeira sem qualquer aderência à realidade” incluindo documentação forjada de outras instituições de crédito e sociedades financeiras.

Por forma a dificultar a sua perseguição criminal e prosseguir a sua atividade criminosa” os presumíveis autores diversificaram os locais da sua actuação e os alvos” criando empresas de fachada ou usurpando a sua identidade” em Portugal e no estrangeiro” recorrendo a “testas de ferro”” a quem convenceram de uma realidade inexistente” explorando as suas fragilidades” situações de desemprego ou laços de familiaridade” a troco de escassas contrapartidas económicas.

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