Dando sequência a uma operação iniciada já na primeira semana do corrente ano e que, então, permitiu a detenção de cinco indivíduos suspeitos de integrarem uma rede internacional de tráfico de estupefacientes, responsável, além do mais, pelo abastecimento desses mesmos produtos, originários de Espanha, a toda a Região da Beira Interior, mas também a várias outras localidades dos Distritos adjacentes, a Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, identificou e deteve agora mais cinco homens igualmente suspeitos de integrarem a mesma organização criminosa.
Nesta segunda fase da respetiva operação de combate ao tráfico de estupefacientes, com várias diligências de investigação levadas a efeito nos Distritos da Guarda, Castelo Branco e Aveiro, foi apreendido produto estupefaciente, do tipo canábis, suficiente para a preparação de milhares de doses individuais, dinheiro, vários equipamentos de telecomunicações, duas viaturas automóveis, três balanças de precisão e ainda vários outros objetos habitualmente relacionados com a atividade de tráfico de estupefacientes.
Da investigação realizada ao longo de vários meses, foi possível constatar que no desenvolvimento da sua atividade delituosa, desde a respetiva produção até à comercialização e distribuição final, a rede agora intersetada utilizava métodos particularmente sofisticados, nomeadamente ao nível da colheita, embalamento e transporte dos produtos estupefacientes traficados, ocorrendo este essencialmente por via terrestre, com muito frequentes viagens entre Espanha e Portugal.
A Polícia Judiciária acredita que o grupo de dez indivíduos detidos no cômputo das duas fases da respetiva investigação, foi responsável, durante sucessivos meses, por elevada percentagem de canábis efetivamente traficada e consumida um pouco por toda a Região da Beira Interior, mas também em significativa parte da Beira Litoral.
Os cinco indivíduos agora detidos, com idades compreendidas entre os 25 e os 31 anos e sendo um de nacionalidade espanhola, todos perfeitamente articulados entre si e também com os cinco coautores detidos durante a primeira fase da operação, são dois agricultores, um técnico de manutenção industrial e os restantes dois sem qualquer ocupação profissional conhecida.
Presentes às competentes autoridades judiciárias e, entretanto, submetidos a primeiro interrogatório judicial, a todos os arguidos agora detidos foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva. Recorda-se que a mesma medida de coação máxima havia já sido aplicada também a três dos anteriores detidos, tendo os restantes dois sido submetidos à medida de obrigação de apresentações periódicas no órgão de policia criminal da sua área de residência.