Criminalidade altamente organizada – Tráfico de Pessoas e Associação Criminosa

Unidade Nacional Contra Terrorismo” 29 de dezembro de 2016

Criminalidade altamente organizada

Tráfico de Pessoas e Associação Criminosa Execução de Mandados de Detenção Europeu

A Polícia Judiciária” através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT)” no decurso de investigação titulada pelo Mº Pº de Sintra” muito recentemente concluída e que decorria há cerca de um ano e meio” por suspeita da prática dos crimes de tráfico de pessoas e associação criminosa” informa que em sede de cooperação internacional foram agora executados dois Mandados de Detenção Europeus que recaíam sobre arguidos suspeitos que se encontravam em fuga.

A investigação” que teve origem numa denúncia da Embaixada da Roménia” permitiu identificar e desmantelar o modo de atuação de um grupo criminoso que passava pela exploração laboral e sexual de largas dezenas de vítimas.

O modus operandi deste grupo” composto por homens e mulheres passava pela angariação de mão-de-obra” mediante a promessa de melhoria de vida” a qual depois exploravam com recurso a grande violência” ameaça física e coação” bem como à exploração sexual de mulheres e extorsão de outras pessoas” decorrendo esta atividade criminosa em várias áreas do território nacional.

No decurso da investigação foram efetuadas vinte e cinco detenções e realizadas dezenas de buscas e apreensões de material relevante para a investigação. Dos detidos” dezanove encontram-se em prisão preventiva e um com obrigação de permanência na habitação.

As últimas detenções realizadas com esta investigação ocorreram há poucos dias” fora de território nacional” mais concretamente na Suécia e na Roménia” em cumprimento de Mandado de Detenção Europeu” relativamente a elementos com relevo no grupo criminoso” isto” já depois de recentemente e em território nacional” ter sido detido um advogado de profissão” elemento que procedeu à construção do tecido empresarial que possibilitou a exploração das vítimas sob um manto de aparente legalidade” tendo tido também um papel ativo em todos os contactos e atos que levaram à concretização e perpetuação da atividade criminosa por parte de todos os outros arguidos.

A Polícia Judiciária acredita que esta investigação permitiu desmantelar na totalidade o grupo criminoso em causa e identificar cinquenta vítimas que deixaram de estar subjugadas à exploração a que foram submetidas por tal grupo” acreditando” no entanto” que o número de vítimas real ascendia a mais de uma centena” aguardando-se agora a extradição dos suspeitos presos no estrangeiro.

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