Polícia Judiciária desarticula grupo criminoso de burlões

Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo” 18 de março de 2016

Polícia Judiciária desarticula grupo criminoso de burlões

O “modus operandi” do crime é conhecido por “euros negros”

A Polícia Judiciária” através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo” desenvolveu nas zonas de Lisboa e Tomar” ao longo das últimas semanas” diversas ações que culminaram com a detenção de seis homens suspeitos da prática de crimes de burla qualificada” suportada num “modus operandi” conhecido como “euros negros”.

Os detidos” com idades compreendidas entre os 19 e os 54 anos” faziam-se passar por grandes investidores de um país estrangeiro” com relações familiares e próximas de altos quadros militares daquele país” simulando possuírem grande disponibilidade financeira.

Na sua ação” começavam por abordar particulares com património imobiliário à venda” mostrando-se interessados na sua aquisição” fazendo-os crer que só lhe poderiam pagar em divisas” uma vez que haveria restrições à movimentação de capitais por via bancária.

Assim” alegavam que o dinheiro” em notas” seria transportado em malas e coberto com uma tinta negra a qual seria removida após lavagem com um líquido extremamente dispendioso.

De seguida” efetuavam uma demonstração junto do potencial interessado” utilizando notas verdadeiras” sendo que no decurso da suposta lavagem simulavam um descuido” perdendo-se o resto do produto” geralmente por quebra da garrafa que o continha.

Argumentavam” então” que o produto teria de ser novamente adquirido e a vítima necessitava adiantar uma determinada quantia” sempre muito elevada” para a obtenção do mesmo.

Assim que esta o fazia” os autores iam mantendo a mesma em erro” adiando sempre a entrega do líquido” com pretextos vários.

No âmbito das ações policiais” foram realizadas treze buscas” oito das quais domiciliárias” tendo sido apreendido dinheiro” papel negro para simular notas” garrafas do líquido utilizado e diversos objetos relacionados com a prática destes crimes.

Quatro dos detidos encontram-se em prisão preventiva” sendo os restantes dois presentes” hoje” a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação processual adequadas.

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