A Polícia Judiciária através da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE)” no âmbito de inquérito-crime em investigação há já vários meses” detectou a saída do Algarve de uma embarcação portuguesa denominada “Ilha da Culatra”” cujo propósito” como se veio a confirmar” visava a introdução em território nacional de elevada quantidade de haxixe. Com o auxílio de meios aero-navais da Marinha de Guerra e da Força Aérea Portuguesas foi possível controlar as suas movimentações” vindo na noite do passado dia 09 do corrente” quando se encontrava em alto-mar ao largo de Olhão” face aos fortes indícios de que pudesse transportar produto estupefaciente” a ser interceptada” a solicitação desta Polícia” pelo NRP António Enes” com dois funcionários desta DCITE a bordo. Realizada busca à embarcação” foram detectados na mesma 73 fardos de haxixe” com um peso estimado de mais de 2.000 kg. Face ao exposto” os cinco tripulantes do pesqueiro (dois espanhóis e três marroquinos)” foram de imediato detidos em flagrante delito. Diligências várias de investigação entretanto realizadas (buscas” vigilâncias” entre outras) permitiram no dia de ontem proceder à detenção de dois portugueses” líderes da componente nacional da rede criminosa que agora se acredita ter sido desmantelada por completo. Os detidos portugueses estão referenciados há largos anos pelas Autoridades Portuguesas pelo seu envolvimento em actividades ilícitas conexas com o tráfico internacional de estupefacientes” tendo inclusivamente já cumprido ambos pena de prisão pelo mesmo tipo de ilícito. Para além da embarcação” foi ainda apreendido dinheiro” uma viatura de alta cilindrada” telemóveis” um telefone satélite e um GPS. A presente operação teve a colaboração do Departamento Marítimo do Sul da Polícia Marítima” da Brigada Fiscal através da Unidade Territorial de Évora e do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da Polícia Judiciária. Para o êxito da presente investigação foi igualmente essencial o empenho dos magistrados titulares no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). 11 de Novembro de 2008 |