A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Centro, deteve no dia de ontem, mais um elemento de um grupo criminoso que se dedicava à prática reiterada, entre outros, de crimes auxílio à imigração ilegal, associação de auxílio à imigração ilegal, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, desmantelado no passado mês de maio, no âmbito da Operação “Gambérria”, e na qual foram detidas 13 pessoas, entre as quais sete empresários, uma advogada e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Foram cumpridos três mandados de busca, sendo que no decurso das mesmas resultou a apreensão, entre outros, de um enorme acervo de documentação utilizada em processos de legalização irregular de estrangeiros; um veículo automóvel; uma pistola calibre 7, 65 mm; munições; dois pares de algemas; coletes táticos; um detetor de metais; sofisticados equipamentos eletrónicos para copiar/captar códigos de segurança para abertura remota; clonar cartões; inibidor de sinais de comunicações “jammer”; um binóculo de visão noturna; um mini gravador laser (que pode ser usado em falsificações); peças em metal que estavam a ser trabalhadas para conceção do que aparenta ser uma pistola metralhadora; dinheiro em numerário e equipamentos informáticos.
Da complexa investigação em curso, iniciada em setembro de 2023, resultou que este grupo criminoso terá vindo a dedicar-se à legalização irregular e massiva de cidadãos estrangeiros em Portugal, obtendo proventos financeiros na ordem dos milhões de euros.
O detido, com 37 anos, estrangeiro, sem antecedentes criminais conhecidos em Portugal, foi presente no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), tendo em vista a aplicação das medidas de coação entendidas por mais adequadas.
Ficou em prisão preventiva.
Ligação ao Comunicado anterior no âmbito da Operação “Gambérria”: