A Polícia Judiciária” através da Directoria de Lisboa” numa acção realizada” ininterruptamente nos últimos dias” procedeu à identificação” localização e detenção de quatro homens de nacionalidade estrangeira” de idades compreendidas entre os 25 e 27 anos” em relação aos quais foram recolhidos fortes indícios de serem membros de uma activa organização criminosa” que se vinha dedicando” desde Fevereiro deste ano” ao roubo” à mão armada” de viaturas recentes” todas de gama alta.A investigação que se vem desenrolando apurou que os arguidos” actuando em conjunto” vinham abordando” durante a noite e a madrugada” diversos proprietários de viaturas de luxo” desapossando-os violentamente das mesmas” recorrendo à ameaça de armas de fogo.Na posse dos veículos” os arguidos dirigiam-se” de imediato” para a fronteira luso-espanhola” em direcção à Holanda” onde tais veículos eram entregues a uma componente internacional de tráfico e viciação de viaturas” com o fim de virem a ser colocadas nos mercados ilícitos de países de África ou do Leste da Europa.Até ao momento” foram detectados cerca de uma dezena de roubos cometidos por esta associação criminosa” sendo que” nalguns dos casos conhecidos” os ofendidos foram sequestrados” através do uso de cordas e mordaças” colocados na mala das viaturas roubadas e abandonados pelos suspeitos perto da fronteira.Nesta operação” a Polícia Judiciária procedeu à apreensão de duas armas de fogo em situação ilegal” um gorro tipo passa-montanhas” documentação falsificada” duas viaturas utilizadas como apoio na prática dos actos delituosos e” ainda” vários telemóveis” parte dos quais roubados às vítimas.Os arguidos não têm ocupação definida” desempenhando” por vezes” actividades ocasionais de segurança de discotecas” salientando-se que um deles já havia sido elemento de uma força policial de um país africano de língua oficial portuguesa.As detenções tiveram lugar em Lisboa e Oeiras” tendo os arguidos sido indiciados da prática de crimes de roubo” associação criminosa” sequestro” falsificação de documentos e posse de arma proibida. Os arguidos foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa” para primeiro interrogatório judicial” e ali foi determinado que aguardassem os ulteriores termos do processo em prisão preventiva.4 de Dezembro de 2003 |