A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), identificou e deteve um indivíduo de nacionalidade estrangeira que apoiava ativamente o trabalho de uma rede internacional de crime organizado focada no branqueamento de capitais proveniente de transferências bancárias ilicitamente efetuadas. Os crimes imputados são os de burla informática e nas comunicações, falsificação de documentos e branqueamento de capitais. A investigação apurou que os factos se consubstanciam na manipulação de dados sobre transferências bancárias, acesso ilegítimo a sistemas de correio eletrónico dos ordenantes das operações com posterior branqueamento dos valores ilicitamente obtidos, que na gíria se conhece como “CEO FRAUD” e que operava no território nacional. Todos os dispositivos informáticos usados para cometimento dos crimes foram apreendidos. O detido, de 30 anos de idade, foi presente a primeiro interrogatório judicial, para efeitos de aplicação de medida de coação. A Polícia Judiciária prossegue as investigações para deteção e identificação deste MO e determinação da extensão deste tipo de criminalidade, intensificando as ações de prevenção junto de empresas e da Banca, considerando essencial que clientes bancários e Bancos confirmem por contacto telefónico direto a veracidade das instruções transmitidas por correio eletrónico.
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