A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, no âmbito de inquérito titulado pelo Ministério Público – DIAP de Vila do Conde, realizou uma operação para cumprimento de mandados de detenção e de buscas domiciliárias e não domiciliárias, pela presumível prática de crimes de associação criminosa, branqueamento, fraude fiscal qualificada e venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos contrafeitos.
No decurso de cerca de 40 buscas, efetuadas nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra, foram detidos 6 indivíduos indiciados pelos referidos crimes e ainda 2 outros pelos crimes de falsificação de documentos, auxílio à emigração ilegal e tráfico de estupefacientes.
De acordo com o apurado na investigação, desenvolvida pela Polícia Judiciária em articulação com a Autoridade Tributária, terão sido objeto de branqueamento por parte desta associação criminosa, no período compreendido entre janeiro de 2016 e março de 2018, cerca de 40.000.000,00 € (quarenta milhões de euros).
Foram apreendidas 18 viaturas automóveis, a grande maioria de gama alta, cerca de 350.000,00 € (trezentos e cinquenta mil euros) em notas do BCE, equipamentos informáticos e telemóveis, uma quantidade assinalável de mercadorias contrafeitas ou sem os devidos documentos de suporte fiscal no valor presumível de três milhões de euros, dezenas de documentos de identificação, passaportes e cartas de condução internacionais presumivelmente falsas, além de variada documentação de natureza contabilística e fiscal.
A operação policial envolveu 300 elementos, incluindo ainda a participação de investigadores da Polícia Judiciária da Diretoria do Centro e das unidades de Braga, Aveiro e Vila Real e a colaboração da Direção de Finanças do Porto da Autoridade Tributária, do Destacamento Territorial de Matosinhos da Guarda Nacional Republicana, da Unidade Regional do Norte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e da Direção Regional do Norte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 34 e os 57 anos, empresários, todos de nacionalidade estrangeira, vão ser presentes às competentes autoridades judiciárias para interrogatório e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.