A Polícia Judiciária” através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo” desencadeou uma operação policial visando desarticular um grupo criminoso que” nos últimos dois anos” se vinha dedicando reiteradamente à prática dos crimes de burla qualificada e de falsificação de documentos” tendo-se procedido à detenção de seis integrantes daquele grupo” cinco homens e uma mulher” com idades compreendidas entre os 29 e os 52 anos de idade. As detenções concretizaram-se na cidade de Lisboa e na zona de Leiria” tendo-se realizado também diversas buscas em domicílios” escritórios e viaturas” no decurso das quais foi possível apreender grande volume de documentação” cerca de €70.000″00 (setenta mil euros) em numerário” telemóveis” computadores e outros objetos relacionados com as atividades ilícitas a que os detidos se dedicavam” tendo sido” igualmente” apreendidas diversas viaturas. De acordo com os inúmeros elementos probatórios recolhidos ao longo da investigação” o grupo criminoso agora desarticulado utilizou” pelo menos” duas sociedades legalmente constituídas” para” através delas” burlar várias empresas de trabalho temporário. Em concreto” os burlões apresentavam a empresa que” no momento” estavam a instrumentalizar” como sendo uma firma dedicada à realização de vários trabalhos” mormente de manutenção industrial” que necessitava de grandes quantidades de trabalhadores para efetuar tais trabalhos que” na realidade” não existiam. Dessa forma” e na sequência de negociações” acordavam com as vítimas” ou seja as empresas de prestação de serviços de trabalho temporário” a contratação de elevado número de trabalhadores que eram indicados pelos próprios burlões e que com eles estavam conluiados. Mais acordavam com as mesmas que os serviços por estas prestados seriam pagos a 60 ou a 90 dias” o que” em conformidade com o plano criminoso previamente estabelecido” lhes permitia apoderarem-se dos montantes correspondentes aos primeiros dois ou três ordenados dos supostos trabalhadores contratados que eram pagos pelas empresas de trabalho temporário” após o que a empresa instrumentalizada era encerrada. A investigação já apurou que este grupo criminoso terá lesado pelo menos dez empresas de prestação de serviços de trabalho temporário” num valor total que ultrapassará os dois milhões de euros. Os detidos” todos eles sem profissão e que se encontram indiciados pela prática dos crimes de burla qualificada” falsificação de documentos e de associação criminosa” foram presentes a primeiro interrogatório judicial” ficando dois deles a aguardar os ulteriores termos do inquérito em prisão preventiva e os restantes” sujeitos a diversas medidas de coação. 16 de setembro de 2013
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