A Polícia Judiciária” através da Unidade Nacional de Contra Terrorismo” na sequência do alerta de um rapto em curso recebido no final da tarde de sábado passado” desencadeou durante todo o fim de semana e todo o dia e madrugada de ontem” nas zonas de Lisboa e Cascais” uma vasta operação tendente à localização e libertação da vítima e à detenção de dois indivíduos suspeitos da prática dos crimes de rapto” roubo” ofensas corporais” ameaças” dano” e detenção de armas e munições proibidas. Os indivíduos agora detidos terão decidido proceder ao rapto violento e prolongado de uma jovem do sexo feminino” de molde a exigirem em troca da sua libertação” o perdão de uma dívida que possuíam” acompanhado da entrega de um montante em numerário a que bem sabiam não ter direito” ambos de valor consideravelmente elevado. Para alcançar os seus intentos” marcaram um encontro com as duas vítimas (mãe e filha)” sob um falso pretexto” e envergando gorros do tipo passa montanhas fecharam-nas no interior de uma garagem” onde iniciaram a realização de ofensas corporais de violência extrema em ambas as ofendidas” utilizando para tal uma arma de fogo em aço” que empunhava como objecto contundente” maximizando o sofrimento das suas vítimas e agravando os respectivos ferimentos e receios. Agressões violentas essas que” lograram causar o desmaio momentâneo de ambas as vítimas” momento em que procederam ao rapto da mais jovem e ao abandono à sua sorte da outra” não sem que antes as tivessem ameaçado de morte em caso de participação dos factos às autoridades. Seguidamente transportaram a vítima raptada para um local de cárcere privado” previa e devidamente preparado” situado no centro da cidade de Cascais” no qual haviam inclusivamente montado um sofisticado sistema de videovigilância que lhes permitia vigiar constantemente a vítima” isto” através de um televisor colocado na sala” e que se encontrava ligado através de um sinal sem fios a uma câmara instalada no quarto onde a vítima se encontrava trancada. A condição da raptada manteve-se” até que pelas 11h00 horas do dia 17 de Maio de 2010″ na sequência da longa operação lançada por esta Polícia Judiciária” foi finalmente possível interromper o cárcere de mais quarenta e uma horas a que se encontrou sujeita a vítima” bem como proceder à apreensão de uma arma de fogo proibida devidamente municiada” uma arma branca de abertura automática” gorros passa montanhas” cadeados e correntes” emissores receptores” telemóveis e cartões telefónicos sem utilizador identificado” e ainda de uma viatura automóvel. O material apreendido é revelador dos reais intentos dos autores” demonstrando que estavam preparados para negociar a libertação da raptada durante período indeterminado. Os dois detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas. 18 de Maio de 2010
|