A Polícia Judiciária” através da Directoria de Lisboa” e com a colaboração da Polícia de Segurança Pública de Évora e da Guarda Nacional Republicana de Borba” procedeu à detenção de três indivíduos de nacionalidade portuguesa” bem como à apreensão de um importante conjunto de peças de arte sacra” constituído por imagens” pinturas e tábuas de altar de igreja” que haviam sido furtadas em diversas localidades do Alentejo.Após mais de dois meses de investigação” foi possível identificar e deter dois dos presumíveis autores de tais crimes” de 17 e 29 anos de idade” e recuperar a quase totalidade dos objectos furtados nos últimos meses em igrejas e capelas de Évora” Cuba e Redondo” para além da apreensão de duas viaturas utilizadas nos transportes.Foi” igualmente” detido um comerciante de arte” de 52 anos de idade” estabelecido em dois concelhos do Alto Alentejo” sobre o qual impendem fortes suspeitas de se constituir como responsável pela receptação e comercialização das peças de arte furtadas.Foram identificados mais nove suspeitos” cuja responsabilidade criminal se encontra” ainda” a ser devidamente apurada.Os presumíveis autores dos furtos” aproveitando a escassa vigilância sobre os locais visados” desmontaram e transportaram altares inteiros do Séc. XVII” extremamente valiosos” recolhendo” também as imagens e quadros existentes nas igrejas e capelas assaltadas” revelando elevado grau de conhecimento sobre o valor e o interesse artístico das peças subtraídas. Os objectos de arte sacra destinavam-se a ser colocados no circuito comercial” especialmente através do terceiro detido” após serem submetidos a um cuidadoso restauro” operação que implica a alteração e repintura de tais objectos” facto que dificulta” sobremaneira” a sua identificação e lhes causa danos irreparáveis.Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal da comarca de Évora” tendo-lhes sido decretada a medida coactiva de prisão preventiva.Na sequência desta acção” a Polícia Judiciária alerta para a necessidade de serem tomadas as devidas precauções” no sentido de serem acauteladas as peças de valor artístico existentes em locais de culto e” em relação a eventuais interessados na aquisição de obras de arte” recomenda que se certifiquem” com segurança” da origem dos objectos transaccionados. 7 de Março de 2003 |