A Polícia Judiciária” através da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE)”desencadeou no final da passada semana uma operação de combate ao branqueamento de capitais que se traduziu na detenção de quatro indivíduos” dois do sexo masculino e dois do sexo feminino” assim como na apreensão de cerca de 300.000″00 euros em numerário” uma viatura de elevada cilindrada” uma arma de fogo proibida devidamente municiada” diversos telemóveis” vários documentos de identificação falsificados e outra documentação. Os detidos” com idades compreendidas entre os 44 e os 57 anos de idade” dois são de nacionalidade egípcia” um de nacionalidade argentina e um de nacionalidade espanhola” sendo este último sargento da Guardia Civil. A operação em causa” à qual foi atribuído o nome de código Nilo” coroou de êxito vários meses de investigação em articulação de esforços com as autoridades espanholas que” simultaneamente” efectuaram diversas buscas em distintas localidades do país vizinho” detiveram cinco indivíduos e procederam também à apreensão de elevadas quantidades de dinheiro em numerário. Os detidos integravam uma vasta e complexa organização criminosa transnacional destinada ao tráfico de estupefacientes em larga escala assim como ao branqueamento das elevadíssimas quantias monetárias provenientes do tráfico de estupefacientes em diversos países europeus. À célula agora desmembrada no nosso país cabia a tarefa de transportar” desde Espanha” elevadas quantidades de dinheiro em notas” euros” que eram trocados por dólares americanos em diversas casas de câmbios de Lisboa. Depois de efectuado o câmbio” o dinheiro regressava de novo e de imediato a Espanha onde era entregue a outros membros da organização. Das diligências efectuadas até ao momento” resulta a forte indiciação de que” em cerca de um ano” esta organização terá comprado em Portugal cerca de 19.000.000″00 de dólares americanos que” ao que tudo indica” deverão ter sido enviados para a Colômbia. Os detidos foram presentes às competentes autoridades judiciárias” ficando a aguardar os ulteriores termos do inquérito em situação de prisão preventiva.As investigações prosseguem a cargo da Polícia Judiciária” que reafirma o seu profundo empenhamento na luta contra as formas mais graves e complexas de criminalidade” como é o caso do branqueamento de capitais. 14 de Janeiro de 2003 |