A Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, desencadeou uma operação, na sequência da qual procedeu à localização, identificação e detenção de dezassete suspeitos da prática continuada de crimes de furto, violação de correspondência, falsificação de documentos, burla qualificada e branqueamento de capitais.
Nesta operação, realizada na área metropolitana de Lisboa, estiveram envolvidos cerca de cento e vinte operacionais desta Policia, tendo sido dado cumprimento a vinte e sete mandados de busca, sendo vinte e duas domiciliárias e cinco não domiciliárias.
Foram apreendidos computadores, telemóveis e material utilizado nas falsificações, bem como documentação relacionada com a atividade em investigação.
Também foi apreendida uma pequena quantidade de cocaína, uma balança de precisão e produto de adulteração de estupefacientes.
A investigação, que decorre há cerca de um ano, visa uma associação criminosa que se vinha dedicando ao furto de cheques da Caixa Geral de Depósitos, titulados pela Segurança Social e dirigidos a beneficiários diversos.
Esta organização iniciava a sua atuação com o furto dos cheques das instalações de uma empresa multinacional, onde os mesmos eram impressos e envelopados.
Na posse dos referidos cheques, os mesmos eram, posteriormente, encaminhados para um intermediário que, por sua vez, os entregava aos falsificadores, os quais modificavam os elementos dos documentos, de modo a alterar o nome do verdadeiro beneficiário para os de titulares de contas de outros membros da organização, vulgo “mulas”.
De seguida, os cheques eram depositados nessas contas e através de levantamentos em caixas multibanco ou da compra de moeda estrangeira e posterior venda da mesma e compra de euros, os autores apropriavam-se dos valores inscritos naqueles títulos de pagamento.
Com este modo de atuação, os autores conseguiram recolher e distribuir entre si, montantes que ascendem a várias centenas de milhares de euros.
Os detidos, onze homens e seis mulheres, com idades compreendidas entre os 22 e os 69 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação processual adequadas.