Detenções por associação criminosa, tentativa de homicídio, extorsão, tráfico de estupefacientes, detenção de armas proibidas e furto qualificado

Direção Nacional

A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, no âmbito de uma investigação em curso, realizou, no dia de ontem, 10 buscas, domiciliárias e em estabelecimentos, nas localidades de Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia e Porto, procedendo à identificação e detenção de seis suspeitos, fortemente indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, homicídio na forma tentada, extorsão, tráfico de estupefacientes, detenção de armas proibidas e furto qualificado.

A investigação a esta organização criminosa, dotada de uma grande mobilidade geográfica, teve início em abril de 2021, quando um comerciante, na zona de Vila do Conde, foi abordado para pagar uma “taxa” por cada caixa de produtos têxteis que vendesse no seu estabelecimento.

Face à sua recusa em pagar, foi visitado por mais duas vezes, sendo sempre ameaçado de morte, caso não cumprisse as exigências, até que em finais de agosto foi violentamente agredido a soco, pontapé e com arma branca, tendo-lhe sido infligidos golpes profundos a nível torácico suscetíveis de lhe causar a morte, a qual não veio a ocorrer por mero acaso. 

No decurso das buscas realizadas, foram localizadas, numas antigas instalações fabris, na zona da Maia, quatro estufas destinadas à produção industrial, ilícita, de liamba.

Estas estruturas estavam dotadas com um complexo sistema elétrico, com lâmpadas de aquecimento de 400W, ventoinhas, extratores de ar, filtros, vasos, sacos de terra e fertilizantes, destinados à produção e secagem, em grande escala, de produto estupefaciente.

Foram apreendidos 2077 pés da planta canábis sativa, com o peso de 276 quilos, vários outros elementos de prova relativos à produção e tráfico de estupefacientes, uma arma de fogo e respetivas munições, documentos de identificação, dezenas de passaportes presumivelmente falsos e vários milhares de euros em numerário.

Os detidos, todos cidadãos estrangeiros, com idades entre os 39 e os 56 anos, sem ocupação profissional, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

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