Crimes de burla informática

A Polícia Judiciária” através da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF)” desencadeou nos últimos dois dias uma operação policial que se centrou no norte e no centro do país” para detecção de autores de crimes de burla informática” que consistia na captura de dados pessoais de utilizadores de computadores em espaços públicos para posterior entrada em contas bancárias e a sua movimentação ilícita.

Da operação cujo desfecho ocorreu ontem” resultou a identificação de quatro indivíduos do sexo masculino” todos de nacionalidade portuguesa” com idades compreendidas entre os 20 e os 22 anos de idade.

O principal arguido ficou indiciado por vários crimes (passagem de moeda falsa” desbloqueio de telemóveis” acesso ilícito a contas bancárias via internet” transferência ilícita de dinheiro” software ilegal) e foi detido em flagrante delito por contrafacção de moeda falsa. Apresentado ao JIC” foi decidido que aguardaria por julgamento em liberdade” com obrigação de apresentação num Órgão de Polícia local” três vezes por semana.

Foram apreendidos quatro computadores portáteis” dois computadores de mesa e vários suportes digitais para posterior análise” visto tratar-se do primeiro arguido português identificado” que produziu o programa (malware) que capturava os dados das vítimas. Com o desfecho desta operação policial” logrou identificar-se uma fonte de contrafacção de moeda-papel e o termo de um dos ataques à Banca portuguesa” designados na gíria por “phishing”.

Este Modus Operandi leva a Polícia Judiciária a realçar a importância para o facto de não ser aconselhável a utilização de dados de identificação críticos para a segurança de aplicações pessoais e de acessos a “home-banking”” em espaços públicos de acesso à INTERNET” sem certificação de implementação de medidas de segurança informática.

06 de Junho de 2007

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