A Polícia Judiciária” através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção” deu por concluída a investigação de cinco inquéritos” por corrupção para ato lícito e ilícito” falsificação e descaminho de documentos” falsificação informática e eventual branqueamento de capitais” de grande dimensão e especial complexidade. Os factos em investigação” reportados de 2008 a 2011″ em inquéritos do DIAP de Lisboa” findaram com oitenta e cinco volumes e apensos” tendo sido constituídas arguidas cento e sessenta e nove pessoas” sendo nove funcionários públicos” uma médica” vinte e um intermediários e cento e trinta e quatro beneficiários” inquiridas cerca de noventa testemunhas e realizadas cento e vinte seis buscas e sete detenções. Foram ainda efetuados exames forenses” análise documental e utilizados meios especiais de recolha de prova. Os arguidos funcionários públicos” através de intermediários” desenvolviam de forma quase empresarial um esquema de emissão de documentos que permitia a circulação rodoviária” fazendo-os passar por verdadeiros” iludindo o possível controlo policial dos mesmos” e desta forma” obtendo contrapartidas monetárias de forma regular e reiterada ao longo dos anos. Neste esquema tanto as tarefas a executar como os proveitos obtidos eram acordados e repartidos entre todos. Aos beneficiários desses documentos” dispersos por todo o território nacional e no estrangeiro” foi possível apreender quase a totalidade dos documentos fraudulentamente emitidos. Com esta investigação e com o elevado número de títulos de condução apreendidos” impediu-se que um enorme número de indivíduos circulasse nas estradas do país” sem possuírem habilitação legal para condução de veículos. 25 de maio de 2012
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