A Polícia Judiciária” através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo” concluiu uma complexa investigação” composta por cerca de sessenta inquéritos e mais de duzentos volumes” anexos e apensos” visando uma rede organizada que se dedicava à prática reiterada de crimes de falsificação de documentos” burla” associação criminosa e branqueamento de capitais. A investigação prolongou-se por vinte meses e desarticulou a atuação de um grupo criminoso que se vinha entregando ao furto de cheques originais emitidos por empresas de média e grande dimensão” os quais eram posteriormente falsificados” no sentido de alterar os montantes indicados e o beneficiário desses títulos de crédito. Foram detidos” em Maio de 2011″ quinze arguidos” dos quais doze se encontram” ainda” em prisão preventiva” a aguardar julgamento. Com esta investigação” a Polícia Judiciária impediu que a organização se apoderasse de mais de três milhões de euros” tendo esta” contudo” ao longo da sua atividade” logrado concretizar várias operações criminosas que lhe renderam cerca de novecentos mil euros. Só num dos cheques apreendidos” o montante tinha sido alterado para quinhentos mil euros” projetando o grupo vir a introduzi-lo” à semelhança do que vinha fazendo” no circuito bancário” onde possuía várias contas em nome de diversos titulares” para proceder à rotação do dinheiro e evitar a deteção do ilícito. Na rede criminosa” agora completamente desativada” encontravam-se envolvidos ex-funcionários bancários e um advogado” indivíduos perfeitamente conhecedores dos procedimentos e trâmites inerentes a este tipo de transações. Para o sucesso desta operação” contribuiu decisivamente a ativa colaboração das auditorias das entidades bancárias por onde os cheques circularam. Os inquéritos foram remetidos ao DCIAP com proposta de acusação. 28 de junho de 2012
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