No passado dia 5 do corrente mês” deslocou-se à Região Autónoma da Madeira” uma cidadã portuguesa residente no estrangeiro” que vem sendo referenciada nos órgãos de comunicação social e junto de instituições internacionais” com o nome de Cláudia Neves. No dia seguinte à sua chegada à Madeira” a citada senhora deslocou-se ao Departamento de Investigação Criminal do Funchal da Polícia Judiciária” onde foi recebida pelo respectivo responsável e por um Inspector Chefe” constatando-se” então” que aquela circunscreveu o seu discurso à problemática genérica do fenómeno da pedofilia” sem se disponibilizar para apresentação de qualquer tipo de queixa ou denúncia de factos susceptíveis de enquadramento criminal” designadamente no âmbito de crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual. Do que é possível antever” a estadia da tal personalidade não visou denunciar à Polícia Judiciária (a outro órgão de polícia criminal ou ao Ministério Público) quaisquer factos ou indícios da prática de crimes” antes se tendo limitado a colaborar com uma estação de televisão” fazendo-se” para isso” acompanhar de uma jornalista e operador de câmara. A Polícia Judiciária não pode deixar de lamentar que à muito publicitada vontade de cooperar com a investigação criminal se tenha sobreposto a mera exposição televisiva. Lisboa” 9 de Fevereiro de 2004 |