A Polícia Judiciária” através da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo” recuperou ontem um par de pistolas da Casa Real Portuguesa” propriedade do Estado Português” que estavam expostas para venda numa leiloeira e que haviam sido furtadas no ano de 1973 do Museu Militar” em Lisboa. Tais armas” de grande valor histórico e cultural” e com elevada cotação no comércio da especialidade – de valor superior a 100.000 Euros -” eram exemplares únicos” com canos de desenroscar para carregamento” fechos de “caixa” e rica ornamentação com finos embutidos de ouro e prata e tinham sido fabricadas em 1817 para uso pessoal do Rei D. Pedro IV” pelo famoso mestre armeiro do Arsenal Real de Lisboa” Thomás Jozé de Freitas. O autor do furto já havia sido julgado e condenado” há alguns anos” na sequência da investigação que a Polícia Judiciária então realizou. Na altura” não foi possível recuperar as armas” uma vez que já tinham saído do País” mas” volvidos anos” veio a recolher-se noticia de que tinham entrado na posse de um cidadão alemão que as colocou para venda em 1991 num conhecido estabelecimento de leilões em Londres. Tal facto veio a originar um processo judicial que correu termos na Justiça britânica com vista a dirimir as questões da posse e” posteriormente” outro processo” num tribunal germânico que proferiu decisão contrária aos interesses nacionais” facto que motivou a interposição de recurso pelo Estado Português” o qual não alcançou provimento. As armas vieram a ser introduzidas novamente no circuito comercial” tendo sido adquiridas por um cidadão nacional até à altura em que o mesmo decidiu leiloá-las no estabelecimento onde vieram a ser detectadas e apreendidas” no âmbito da actividade fiscalizadora e preventiva da Policia Judiciária. 12 de Outubro de 2009
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