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Sequestro e firmas fictícias

Sequestro e firmas fictícias

A Polícia Judiciária” através da Direcção Central de Combate ao Banditismo” em cumprimento de mandados emitidos pelas Autoridades Judiciárias” procedeu à detenção de 15 indivíduos indiciados pela prática reiterada de crimes de burla qualificada que causaram prejuízos” na ordem dos três milhões e quinhentos mil euros (€ 3.500.000)” a cerca de cinco dezenas de empresas de todo o País o que” nalguns casos” determinou mesmo a sua falência. Esta Direcção Central iniciou as investigações na sequência da notícia de um sequestro presenciado por testemunhas oculares que haviam visto um indivíduo ser introduzido à força numa viatura. Iniciadas as diligências e libertada a vítima” foi então possível determinar que este ilícito tinha sido executado por comerciantes que se consideravam lesados pelo grupo encabeçado pelo sequestrado. Mais complexa se revelou a investigação dos crimes na origem daquela retaliação” designadamente quanto à determinação do modo de actuar” dos autores e respectivos graus de responsabilidade. Os indivíduos ora detidos” 12 homens e 3 mulheres” com idades compreendidas entre os 25 e os 63 anos” quase todos com antecedentes criminais por delitos da mesma natureza” organizados sob uma liderança única” dividiam-se em grupos de composição variada para adquirir empresas legalmente constituídas” algumas delas em situação económica desfavorável mas ainda com bom nome na banca e na praça. Alterados os pactos sociais e designados como gerentes alguns indigentes para servirem como “testas de ferro”” usavam a estrutura comercial da própria empresa para ganhar confiança junto dos fornecedores e negociar os mais variados bens” com especial incidência no ramo alimentar que” a partir de então” escoavam rapidamente a baixíssimo preço” porquanto a final não era sua intenção pagá-los. Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas. 13 de Julho de 2005