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Polícia Judiciária desarticula grupo criminoso dedicado à prática de crimes de falsificação de documentos e burlas

Polícia Judiciária desarticula grupo criminoso dedicado à prática de crimes de falsificação de documentos e burlas

Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo” 7 de abril de 2014

Polícia Judiciária desarticula grupo criminoso dedicado à prática de crimes de falsificação de documentos e burlas


Operação policial deteve cinco envolvidos na prática do crime

A Polícia Judiciária” através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo” desencadeou uma operação policial que conduziu à detenção de quatro homens e uma mulher” com idades compreendidas entre os 26 e os 61 anos” sobre os quais recaem fortes suspeitas de integrarem um grupo criminoso dedicado à venda fraudulenta de bens imóveis.

De acordo com os elementos probatórios recolhidos ao longo da investigação” que se centra num negócio através do qual foram vendidos onze imóveis de forma fraudulenta” o grupo criminoso em causa começou por adquirir” através de testas de ferro” as quotas de uma sociedade comercial que se encontrava em situação de falência técnica e que era proprietária dos referidos imoveis” sendo certo que todos eles se encontravam onerados por diversas hipotecas tituladas por uma entidade financeira e destinadas a garantir o pagamento de vários empréstimos anteriormente contraidos no interesse da sociedade em causa.

Já no controlo da sociedade” foi nomeado” como gerente” um indivíduo sem quaisquer conhecimentos de gestão e que mais não era de que um outro representante da rede” o qual cumpria o que lhe era determinado por outros elementos do grupo criminoso.

Posteriormente” e com recurso a declarações de distrate das hipotecas inteiramente falsificadas” inclusive na parte respeitante ao reconhecimento das assinaturas dos supostos procuradores da entidade financeira titular de tais direitos reais” conseguiram” junto das conservatória do registo predial competente” expurgar tais hipotecas” após o que procederam à venda dos imóveis em causa a um terceiro de boa-fé como se os mesmos se encontrassem livres de quaisquer ónus ou encargos. Na sequência das detenções” foram” ainda” realizadas diversas buscas domiciliárias” das quais resultou a apreensão de documentos e objetos com interesse para a prova dos factos em investigação.

Os detidos” todos eles sem profissão estável e alguns deles já com antecedentes pela prática de ilícitos de idêntica natureza” foram presentes a primeiro interrogatório judicial de arguido detido.