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A Policia Judiciária” através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE)” com a colaboração das autoridades brasileiras e da DGAIEC” desencadeou uma operação policial que culminou com a detenção de cinco cidadãos brasileiros suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa internacional dedicada ao tráfico de elevadas quantidades de cocaína” a operar em território nacional. Tendo por base os elementos resultantes das várias diligências de investigação encetadas há cerca de seis meses” foram detectados esforços significativos por parte do referido grupo criminoso visando a importação de dez contentores para território nacional através do porto de Leixões” proveniente do Brasil” contendo como mercadoria declarada gesso em sacos para projecção e em blocos” tendo como destino uma empresa portuguesa propriedade dos detidos. O desenvolvimento da investigação permitiu controlar os contentores desde a sua chegada ao Porto de Leixões” até um armazém sito na zona industrial do Montijo” para onde foram transportados por via rodoviária. Vistoriadas as paletes contendo as placas de gesso foram encontradas” dissimuladas no interior de concavidades propositadamente feitas para o efeito” várias embalagens de cocaína” a que corresponde o peso total de cerca de 1.736″05 kg de cocaína. As placas em gesso eram maciças e foram moldadas em fábrica. Esta foi a maior apreensão de cocaína em Portugal” nos últimos anos. O grupo em questão está inserido numa rede criminosa de cariz internacional que” face à grande quantidade de produto estupefaciente em questão e ao modus operandi utilizado (inédito em Portugal e de muito difícil detecção pelas autoridades)” demonstra uma capacidade financeira e complexidade muito relevantes. Para além da cocaína” foi ainda apreendido um veículo comercial” um veículo ligeiro” cerca de trinta mil euros” em numerário” vários telemóveis e documentação” tudo em resultado da realização de duas buscas. Os detidos” com idades entre os 21 e os 49 anos” que declararam como profissão ser empresários e um deles investigador da Polícia Civil brasileira” foram apresentados à autoridade judiciária competente que lhes decretou a prisão preventiva como medida de coacção. 11 de Outubro de 2010
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