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Detenções por incêndio florestal em Ponte de Lima

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Braga, identificou e deteve ontem, fora de flagrante delito, os presumíveis autores de um crime de incêndio florestal, que teve início no pretérito dia 25 de julho, na freguesia de Rebordões Santa Maria, do concelho de Ponte de Lima, e que posteriormente alastrou às freguesias de Facha, Vitorino de Piães, Cabaços e Fojo Lobal.

Consumiu uma área superior a 400 hectares de mato e floresta, criou perigo para a vida das populações ali residentes e para o seu património, e causou prejuízos elevadíssimos, além de danos irreparáveis para o meio ambiente e Natureza.

Para a sua extinção, foram mobilizados inúmeros meios de socorro, entre Bombeiros, viaturas ligeiras e pesadas de combate a incêndios e vários meios aéreos.

Este foi, até ao momento, o maior incêndio florestal ocorrido durante o presente ano no Distrito de Viana do Castelo.

A investigação desenvolvida por esta Polícia apurou que o incêndio foi provocado por ação direta dos discos de corte metálicos de moto-roçadoras, que estavam a ser utilizadas nos trabalhos de instalação e beneficiação de áreas florestais, no concelho de Ponte de Lima.

Tal utilização estava vedada e era proibida nesse dia, por haver risco máximo de incêndio florestal. Após a ignição do incêndio, os autores não procederam, como se impunha, à sua extinção, não alertaram as autoridades competentes, nem acionaram os meios de socorro, optando antes por se porem em fuga do local.

Os detidos foram presentes à autoridade judiciária competente, para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicadas as medidas de coação de apresentações semanais, proibição de contacto com os arguidos, proibição de se ausentar para o estrangeiro, não adquirir ou utilizar objetos suscetíveis de serem utilizados para a prática do crime de incêndio e prestação solidária de caução de 50.000 euros.