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Detenções por crimes de branqueamento

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, no âmbito de investigação titulada pelo DIAP de Sintra, procedeu durante o dia de ontem à detenção, em cumprimento de Mandados de detenção emitidos pela autoridade judiciária, de três indivíduos por sobre os mesmos recaírem fortes indícios de estarem envolvidos numa organização criminosa internacional que se dedicará ao branqueamento de fundos provenientes do cibercrime organizado internacional.

Os detidos, uma mulher de nacionalidade portuguesa e dois homens estrangeiros, têm entre 25 e 30 anos.

A investigação conduzida permitiu apurar que estes indivíduos integravam uma organização criminosa internacional com ramificações no Reino Unido e Nigéria, que utilizava o sistema bancário nacional para branqueamento de elevadas somas obtidas ilicitamente através da prática de burlas de natureza informática em países estrangeiros.

Para tal, no decorrer do segundo semestre de 2018, os detidos abriram duas empresas em Portugal, a que se seguiu a abertura de várias contas bancárias de empresa em diversos bancos nacionais, num total de sete.

Após a abertura das contas, as mesmas começaram a ser creditadas com dezenas de transferências todas de origem internacional (o que permite indiciar que esta organização apenas usaria Portugal para fins de branqueamento) seguidas de múltiplas transferências nacionais e internacionais com o objetivo de dissimular a origem dos fundos.

Estima-se que os valores creditados nestas contas ascendam a cerca de 450.000,00 €.

Os detidos foram presentes à autoridade judiciária para feitos de interrogatório e aplicação de medida de coação.