| Na sequência da detecção pela Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) no Aeroporto de Lisboa no passado dia 25 de Maio de duas malas térmicas (vulgo arcas frigorificas) com cerca de 6 Kg de cocaína no total” esta Policia Judiciária através da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes (DCITE)” no âmbito da investigação entretanto instaurada e na sequência de diligências várias” logrou identificar e deter dois dos presumíveis destinatários em território nacional do produto estupefaciente.
O referido produto estupefaciente” remetido desde a Guiné-Bissau” destinar-se-ia presumivelmente ao mercado de consumo português e encontrava-se dissimulado na estrutura lateral de 2 arcas frigoríficas contendo fruta. O modus operandi” já detectado em situações anteriores” consiste no aproveitamento pelas redes criminosas (a operar desde África e contando com apoio das comunidades igualmente oriundas desse continente radicadas em Portugal) do facto de periodicamente serem efectuadas remessas de elevadas quantidades de mercadoria – centenas de volumes – por via aérea desde alguns Países africanos para território nacional” normalmente expedidas em conjunto mas para dezenas de destinatários diferentes. Tal” para além da dificuldade em detectar as referidas encomendas” possibilita ainda que facilmente os envolvidos se tentem eximir à responsabilidade penal alegando ignorância do seu conteúdo ou que as mesmas não são sua propriedade uma vez que” naturalmente” não lhes estão formalmente endereçadas. Os detidos” ambos cidadãos guineenses residentes em Portugal” com idades entre os 37 anos e os 40 anos” declararam ter como profissões pedreiro e carpinteiro. Foram presentes a 1.º Interrogatório Judicial tendo sido aplicada medida de prisão preventiva a um deles e obrigação de apresentações no OPC local a outro. Prosseguem as investigações visando a completa identificação de desarticulação da rede criminosa. 08 de Junho de 2007 |