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A Polícia Judiciária” através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) identificou e interceptou sete jovens do sexo masculino” presumíveis autores de diversos sequestros qualificados” ofensas à integridade física graves e roubos” crimes todos cometidos numa localidade da periferia de Lisboa. Na sequência de sucessivas notícias sobre crescentes actos de violência” em muitos dos casos gratuita” perpetrados por um conjunto de jovens residentes ou habituais frequentadores de uma localidade de uma zona urbana próxima de Lisboa” a Polícia Judiciária iniciou uma investigação da qual resultou agora o desmantelamento da cúpula desse grupo” detendo quatro deles e identificando dois” inimputáveis em razão da idade e” por consequência” sujeitos ao regime aplicável a jovens. Este grupo de indivíduos” que faz parte de uma estrutura mais alargada” vinha actuando nos últimos meses de forma impune e extremamente violenta” “aterrorizando” outros jovens em idade escolar” sequestrando-os” esfaqueando-os” com requintes de malvadez e em várias partes do corpo” agredindo-os e sujeitando-os a sevícias várias” entre as quais queimaduras com cigarros e paus incandescentes. Nos casos mais graves” os actos de tortura perduraram várias horas” com as vítimas a serem mantidas em cativeiro” em local ermo” situado num antigo ferro velho e que actualmente se encontra desactivado e abandonado. Embora não constituísse o seu propósito principal” muitas vezes” as vítimas destes actos violentíssimos” sobretudo tendo em atenção a sua idade” eram despojadas dos seus haveres. Apesar do curto lapso de tempo decorrido entre o início da investigação e o dia da operação policial agora noticiada” foi possível identificar até à data doze vítimas das acções deste grupo” suspeitando-se que existam muitas mais” mas que face ao terror e receio gerado pelas actuações aqui em causa” não apresentaram” nem pretendem apresentar qualquer queixa. Fruto dos actos consumados sobre as vítimas e a iminente possibilidade de concretização sobre outras” esta actuação vinha causando um clima de justo medo na população escolar e nas suas famílias que tinha de circular” a qualquer hora do dia ou da noite” no “território” que o grupo reivindicava para si. Os quatro detidos foram presentes às Autoridades Judiciárias tendo-lhes sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva. 11 de Dezembro de 2009
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